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Hagakure (Oculto pelas Folhas) é um livro que data do início do Séc. XVIII e que retrata a essência da ética samurai, a qual já vinha sendo esquecida na ocasião em que os ensinamentos deste livro foram postos em papel.

Hagakure

Se a Arte da Guerra é o livro dos generais, o Hagakure é o livro dos soldados.

Há aqui uma passagem muito interessante que trata do discernimento, compreensão e aceitação da realidade.

O Hagakure foi escrito aproximadamente cem anos após o início da era Tokugawa, uma época de relativa paz. Sem grandes campanhas de luta, os samurais estavam se transformando de guerreiros em uma classe administrativa.

Hagakure

O livro registra as opiniões de Tsunetomo sobre bushidō, o código guerreiro do samurai. Diz-se às vezes que Hagakure afirma que o bushidō é realmente o “Caminho de Morte” ou viver como se já estivesse morto, e que um retentor samurai deve estar disposto a morrer a qualquer momento para ser fiel ao seu senhor.

Depois que seu mestre morreu, o próprio Tsunetomo foi proibido de realizar seppuku, o suicídio ritual de um retentor, por um decreto do Shogunato Tokugawa. Hagakure pode ter sido escrito parcialmente em um esforço para delinear o papel do samurai em uma sociedade mais pacífica. Várias seções se referem aos “velhos tempos” e implicam um perigoso enfraquecimento da classe samurai desde aquela época.

A Seita da Sutra de Lótus

“Certo homem disse ao sacerdote Shungaku, ‘O caráter da Seita da Sutra de Lótus não é bom porque é muito temível.’ Shungaku respondeu-lhe ‘É por ser temível o seu caráter que esta é a Seita da Sutra de Lótus. Se seu caráter assim não o fosse, seria uma seita totalmente diferente.’ Isto é sensato.”

A realidade é uma só, apesar de nossa tendência de rejeitar o caráter intrínseco daquilo nos cerca, de não querer entender o que faz cada coisa ser o que ela é. A compreensão de algo em sua essência é o único acesso ao seu correto julgamento.

Cada coisa tem o seu núcleo verdade, o qual não pode ser confundido como sendo acessório, como algo que se muda ao sabor. Afinal, se fosse assim, não seria um núcleo!

Aceita-se para então entender. Entende-se para guardar a sabedoria. Tudo tem sabedoria para oferecer.

É a Seita da Sutra de Lótus que tem que deixar de ser temível? Ou é essa a característica que faz com que ela tenha algo a oferecer? Ser temível é seu acessório ou seu núcleo?

Precisamos saber quando temos convencer as pessoas de que elas têm que mudar ou quando somos nós que não entendemos a mensagem. É preciso discernir para saber a resposta correta. O conhecimento nem sempre vem da forma que desejamos.

Shikin Haramitsu Daikomyo – Toda experiência é sagrada pois nos leva para mais perto de entender os mistérios do Universo.

Créditos | Blog de Arnaud Cousergue: Shiro Kuma

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