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Não. A Bujinkan Dōjō é uma organização internacional desenvolvida por Sōke Masaaki Hatsumi que é herdeiro de 9 tradições de artes marciais tradicionais japonesas. Sendo o título de Sōke único.

Podemos definir através de inúmeras maneiras, mas, em resumo, Ninjutsu é uma arte que nasceu para a guerra, “é uma arma”, não importando a época, pois ela é acima de tudo flexível e está sempre em transformação, independente de quem a pratique.

É uma arte de guerra e a data exata de seu surgimento é um tanto nebulosa. Antes de ser intitulada com esse nome, a arte dos ninjas era conhecida apenas como Shinobijutsu, que significa literalmente “arte da espionagem” ou a “arte de se obter ocultamente, secretamente” e, após um período de aproximadamente 400 anos, foi que se tornou conhecida como Ninjutsu. Durante esse tempo, a arte estava sendo altamente refinada. Hoje vemos que esta arte é evolutiva, adaptando-se às épocas e suas necessidades.

Ao longo da prática na BJKDB – Bujinkan Dōjō Brasil, o aluno encontrará disciplina, perseverança, autoconhecimento, superação, amizade, um mundo de possibilidades e uma nova forma de ver a vida.

A arte ninja ou “ninjutsu” tem como base filosófica a liberdade em toda expressão da palavra. Liberdade de viver de acordo com os valores humanos, claro. Porém, liberdade de pensar, buscar, agir, expressar e realizar, seja no campo pessoal ou marcial. Contudo, no âmbito do combate propriamente dito um praticante de Ninjutsu com experiência fará de tudo para ser vitorioso. Não seguindo regras para isso, mas o bom senso.

Para ser mais claro, não seguimos regras quando se trata de defender nossa própria vida e a vida daqueles que devemos cuidar.

Infelizmente, muitos praticantes de artes marciais ou até mesmo pessoas que já ouviram falar sobre os ninjas, aprenderam erroneamente que o ninja é um guerreiro que atua no campo da falsidade ou desonestidade. Veem o ninja como um bandido, um assassino ou mercenário, coisa que é a mais pura inverdade.

O ninja simplesmente não quer perder tempo em provar algo a ninguém e nem a ele mesmo. A meta do ninja é viver, e viver em harmonia com o todo. E talvez muitas pessoas não saibam, mas muitos samurais abusavam de sua autoridade como soldados de elite. Matavam e destruíam os camponeses, suas plantações e criações impiedosamente. Estupravam e saqueavam, e outras barbáries, exibindo-se muitas vezes.

Claro que existiam realmente e verdadeiramente os “servidores” que se trata da verdadeira tradução da palavra samurai. E excluindo o lado negro dos samurais, temos muito o que aprender com sua história e tradição, cultura e filosofia sim, assim como os ninjas.

Não. Isso vai contra os princípios e a verdadeira meta. Trata-se de superar-se todos os dias. Não de superar os outros. Além disso, quem está realmente preparado não se sente atraído em ter que provar algo para alguém ou para si mesmo, pois sabe que no final ele estará de pé, o outro não.

Sim. Com toda a certeza. A mulher ninja, também conhecida como kunoichi, é muito respeitada e recebe um lugar especial na história e tradição, pois ela, como guerreira, muitas vezes derramou o próprio sangue para salvar sua família.

Dentro da história do ninja, a mulher, conhecida como kunoichi desempenhou um papel fundamental. A prática feminina conta com o desenvolvimento do poder de seus encantos físicos e mentais, capaz de chegar onde muitos homens não conseguem. As técnicas físicas femininas não são idênticas as masculinas porque o trabalho de Taijutsu possui características muito interessantes para se desenvolver.

Tudo é exigido e avaliado, desde o começo. Até o primeiro contato. Mas claro que existem vários níveis de exigências e avaliações. Isso é algo pessoal, pois aquele que realmente está interessado demonstra de uma maneira bastante peculiar de forma positiva ou negativa seus reais objetivos, e estes exteriorizam no decorrer do tempo. No entanto, não é admitida a indisciplina nas aulas e fora das aulas. O respeito tem que existir sempre, dentro e fora do dōjō. Afinal, o “costume de casa se vai à praça” e isso não permitimos.

As aulas muitas vezes são definidas pelo grupo em que se está trabalhando, ou seja, se é um grupo avançado ou iniciante. Mas claro que isso é algo pessoal, cada instrutor tem seu método de ensino. Em nosso caso, sempre que podemos, após demonstrar algumas técnicas e deixar que os alunos trabalhem bem, gostamos de passar um outro lado da aplicação, que chamamos de uso criativo e espontâneo. Além de ensinarmos a execução de cada técnica corretamente, exploramos o lado criativo de cada um, pois vemos que numa situação real muitas vezes esse lado decai, principalmente numa situação de grande estresse.

Claro que o conhecimento técnico é importantíssimo, mas tentamos unir a técnica tradicional com a criatividade pessoal. Com isso, o aluno é colocado em uma situação em que ele será forçado a estar sempre atento não somente ao adversário, mas também ao próprio ambiente que o cerca.

As lições podem ser divididas em basicamente três maneiras distintas, que são: aulas no dōjō (classe), goton po (aulas ao ar livre) e eventos extras.

As aulas no dōjō são “aulas normais”, em que os praticantes aprendem técnicas básicas, intermediárias e avançadas que só são possíveis de serem realizadas em ambiente restrito.

Já o Goton Po – ou “Ninja Camp” – são aulas realizadas em campo aberto, ou seja, em ambientes que promovam a liberdade de movimentos e um contato maior com a natureza, remontando também os treinamentos que os antigos guerreiros tinham em ambiente externo. Além disso, são trabalhadas técnicas e estratégias utilizando-se de ferramentas que não são possíveis de serem trabalhadas em dōjō (ambiente restrito). Nessas aulas podem ser vistos treinamentos de equitação (montaria), natação, alpinismo, rapel, trabalhos com lanças, bastões longos, arremesso de lâminas, camuflagem, treinamentos para fortalecimento físico e mental e etc. São inúmeras as formas.

Os eventos extras são os encontros regionais, nacionais e internacionais, em que são reunidos grupos de diversas localidades, com mestres e instrutores de alto nível, bem como participantes vindos de todas as partes do mundo. Esses eventos podem assumir diversos nomes como Tai Kai, Ninja Matsuri, Bushi Kai, Buyu Kai, Workshops, etc.

De certa forma sim. Se não fossem fortes os lados espiritual e mental, o ninja não faria a metade do que realmente podem fazer. É preciso uma conexão real e autoconhecimento.

Não. Infelizmente foi essa a visão que o cinema passou através das telas. Os ninjas eram guerreiros que durante um tempo, alguns grupos foram contratados como agentes para trabalhos de espionagem e captação de informações.

Os ninjas não eram bárbaros ou assassinos como muitas pessoas desinformadas pensam, mas eram pessoas cansadas da opressão de um sistema tirano e decadente.

Desde o começo dos tempos a política e religião sempre foram alicerces fundamentais para o aumento da ganância e a busca de poder. E os governantes aproveitavam-se disso para de certa forma manter aquelas pessoas em regime de escravidão. Os confrontos eram constantes. Chega um momento que cansa.

O surgimento dos ninjas se deu com o refúgio de camponeses às regiões montanhosas de Iga e Koga em busca de paz e de uma vida normal, com liberdade e segurança. Desejavam poder viver em harmonia.

Claro que poderia ter existido grupos naquela época que usavam métodos semelhantes as dos ninjas, parecendo-se com eles, mas isso nada tem haver com a verdadeira história e causa dos ninjas.

Sim. Contudo, é bom saber que antigamente esse sistema não existia, havendo apenas faixa-branca para iniciante e faixa-preta (nível superior). Hoje temos o seguinte sistema de graduação:

De 10° Kyu (faixa-branca/iniciante) até 1° Kyu (aprendiz), existem no total 10 graduações e o uso de emblema específico da graduação bujin kyu. Esses níveis correspondem ao nível básico de treinamento.

De 1° Dan até 4° Dan, nível de Shidoshi Hō.
De 5° Dan até 9° Dan, nível de Shidoshi.
De 10° Dan até 15° Dan, nível de Shihan (mestre).

O nível de Sōke é exclusivo ao único herdeiro das tradições, nesse caso Hatsumi Sensei ocupa atualmente este título.

Entre o 9° Kyu e o 1° Kyu a faixa para os homens é verde, para as mulheres faixa vermelha e, para crianças, a faixa amarela.

Absolutamente não. O treinamento com armas ninjas serve para remontar a história e manter as tradições. O uso das armas só é liberado de acordo com a graduação ou evento específico, sendo sempre o treinamento acompanhado pelo responsável, nesse caso o instrutor. É proibido permanentemente o uso indevido de armas e qualquer material não autorizado. A infração poderá acarretar na expulsão do indivíduo.

Uma faca nada mais é que um instrumento nas mãos de uma pessoa responsável, servindo para fatiar alimentos. Nas mãos de uma pessoa sem equilíbrio mental e preparação adequada, a mesma faca poderá ser utilizada para ceifar a vida de outros ou a própria. Tem que existir uma consciência profunda e uma questão de responsabilidade. Da mesma forma, aquele que estuda Ninjutsu se torna uma arma viva, sem treinamento e consciência corretos, este poderá criar e se envolver em situações perigosas. E isso não é admitido.

Claro! É bom ver o ninjutsu além de uma simples arte marcial, na verdade recomendo vê-la como uma ciência marcial, pois você realmente a estuda, e conhecimento não tem fim. O ser humano tem que buscar conhecimento sempre. Não é ensinado simplesmente como socar ou chutar, isso é fácil e qualquer macaco, com algumas repetições, aprende. Até porque isso nos é herdado em nossa memória ancestral, fazendo parte de nossa autoproteção instintiva. A técnica de como executar corretamente de qualquer maneira surge ao longo do tempo.

Quanto às técnicas de projetar e controlar o adversário, bem como o uso de armas, trata-se de algo mais avançado. Na verdade, é ensinado como sobreviver, seja numa situação que envolva agressão física ou psicológica.

Um dos pontos que pesa nisso tudo é o uso correto da estratégia e a postura que você assume diante de cada situação. Não adianta força física se não tiver técnica superior. Nem tampouco se tiver boa técnica mas não tiver a estratégia certa nem souber aplicá-la. Tem que existir sempre equilíbrio.

Seguindo nossas diretrizes, sim. No final, basta ter um bom e sincero coração. Não existe raça, crença, idade máxima ou sexo. A Bujinkan recebe todos aqueles que realmente estão de acordo com suas regras de conduta e que estão dispostos a superar a si mesmos.

Nossa sociedade é mais orientada para os esportes. Nós pensamos em seguir as regras ou acreditamos que a polícia vai nos proteger. A maioria dos esportes é desenvolvido ao redor de competição em um ringue ou tablado com apenas 2 pessoas lutando, sem múltiplos agressores e sem armas escondidas.

Hoje em dia as pessoas comuns pensam apenas em serem agredidas e não em serem mortas. Por isso, quando este tipo de coisa acontece as pessoas ficam chocadas. Você sempre escuta: “Eu nunca imaginei que alguém pudesse fazer algo tão cruel.”

Outro problema é que a maioria das artes modernas de esporte são feitas com as mesmas regras culturais. Por exemplo, você não é ensinado a atacar certas áreas do corpo como pescoço, olhos, virilha, orelhas e a morder. Em uma guerra você usa o que for necessário e sabe que sua única regra é sobreviver. Este pensamento do velho mundo é muito útil para muitos países onde é ilegal os civis possuírem armas de fogo. Em artes militares antigas você é treinado para surpreender e não ser surpreso.


Sim. Se você tem vontade e autodisciplina para levar a sério. É importante compreender que muitas vezes impomos limites a nós mesmos, às vezes comentam que “você não pode começar, bla bla bla”, nunca deve levar em conta esses tipos de comentários, que geralmente não são de artistas marciais, uma das características do Budō é a exploração do poder individual para decidir e fazer as coisas sem a necessidade de depender de nada, tratando de obter um profundo conhecimento individual para poder realmente crescer. Saber lutar não tem tanto haver com andar batendo nas pessoas, mas todos os problemas que enfrentamos muitas vezes se tornam um desafio ou em uma luta que depende de nós mesmos para ganhar, distração ou influências externas são, em muitos casos, o desvio do propósito e o fracasso.

Na verdade muitas. Ao iniciante não é autorizado o manejo de armas, mas após ter alcançado a graduação de 8º kyu, este é apresentado à arma inicial, Hanbō (“bastão curto”). Contudo, pode-se também ter contato com armas em alguns dos eventos extras da Bujinkan, dependendo do tema e programação apresentados.

A Bujinkan (“Casa do Guerreiro Divino”) é uma associação de artes marciais idealizada pelo Dr. Masaaki Hatsumi que vem a ser o Sōke (“Grão-Mestre”) das tradições guerreiras ligadas às 9 escolas aprendidas no sistema Bujinkan. A Bujinkan possui aproximadamente 150 mil membros registrados em todo o mundo.

As 9 escolas praticadas pela Bujinkan foram herdadas por Hatsumi sensei (Sōke e tesouro nacional do Japão) pelo seu mestre Toshitsugu Takamatsu que foi o último ninja em atividade no Japão (trabalhou por muitos anos para o governo japonês na época das guerras sino-japonesas). Perto do fim de sua vida Takamatsu conheceu seu melhor amigo e aluno o médico traumatologista Masaaki Hatsumi que já era praticante de karate e estudioso em armas antigas.

A Bujinkan é uma escola liderada pelo Sōke (“Mestre Máximo”) Dr. Masaaki Hatsumi, com sede na cidade de Noda, Província de Chiba, no Japão. Dr. Hatsumi é um dos professores mais reconhecidos no mundo, incluindo vários anos com o título concedido pela Família Imperial do Japão como “Tesouro Nacional Vivo”, um título que recebeu por seu papel na difusão da cultura do Japão considerado parte da história do mundo.

Enfim, o sistema Bujinkan consiste em 9 escolas de tradição guerreiras ninja e samurai sendo 3 de Ninjutsu, 3 de combate corpo a corpo e 3 de estratégia militar de combate. É uma arte marcial que sobreviveu às mudanças do tempo mantendo suas tradições ainda hoje, porém adaptada aos tempos de paz. O objetivo do praticante de Ninjutsu é o auto conhecimento, o bem estar físico e mental numa união de mente, corpo e espírito. O objetivo do Ninjutsu é a sobrevivência, por esse motivo não há a modalidade de competição nessa arte, pois suas técnicas visam operar na situação real). Deve-se praticar para nunca precisar utilizar futilmente as técnicas combativas, mas sim para obter confiança em si próprio, viver bem, ter qualidade de vida, fazer amigos e espalhar o bem.

O praticante de Ninjutsu é uma pessoa de bem com a vida que pratica por amor à arte. O Ninjutsu é apenas um modo de alcançar aquilo que precisamos para fazer do mundo um lugar melhor.

É interessante notar que 90% dos praticantes da nossa arte, vêm com experiência em outras artes marciais, incluindo instrutores avançados, com muitos anos de experiência. Naturalmente não é um impedimento, o verdadeiro artista marcial se encontra por muito tempo em uma grande busca, que nem sempre termina onde começou.

Não exatamente como no Karatê. Em arte antigas como o Ninjutsu, um Kata geralmente é executado por duas (ou mais) pessoas e é bem curto e direto, refletindo a realidade dos combates. Eles ensinam o básico: ataques típicos e maneiras comuns de lidarmos com eles. Um Kata também pode se referir a uma classe ou conjunto de Waza (técnicas), especialmente em grupos que possuem um princípio particular ou princípios relacionados. Kata são o ponto de partida para a aprendizagem.

Primeiramente, a forma básica como gravada no pergaminho Denshō é mostrada e o aluno terá algum tempo para trabalhar na mecânica dos movimentos considerando tempo, posicionamento, equilíbrio e distância, a partir da forma básica. Em seguida é iniciado variações de como a forma muda com armas, obstáculos, distância e múltiplos atacantes.

Este tipo de treinamento possibilita ao aluno abandonar o Kata original com um sentimento dos princípios da técnica e mudar para um combate não fixo, adaptando-se conforme seja necessário. Como dançar após ter aprendido os movimentos básicos, sua personalidade muda os movimentos refletindo seu estilo pessoal.

Primeiramente, é bom saber o verdadeiro significado da palavra charlatão. O charlatão é em termos gerais, aquele que exerce uma profissão ou que atua em uma determinada área de maneira incompetente ou sem estar habilitado.

Tratando-se do mundo das artes marciais – dentro e fora da internet -, este, infelizmente, está completamente poluído por milhares de falsos instrutores. 

Esses indivíduos são em média, pessoas que se apresentam com boa ou ótima desenvoltura – boa comunicação e apresentação – nas redes sociais utilizando-se de certos critérios de propaganda.

Essas pessoas são capazes de capturar uma quantidade enorme de estudantes com maravilhosos argumentos e muita simpatia e, claro, buscam tomar seu dinheiro sempre que puder ensinando coisas absurdas e fantasiosas que não são encontrados em lugar algum, apenas em filmes ou fruto da própria imaginação.

Por isso, é necessário ter os olhos bem abertos e começar a ser um ninja na questão de saber pesquisar a respeito.

O correto e o mais seguro a ser feito é buscar informações sobre o histórico marcial (onde e com quem aprendeu, fotos e vídeos de sua trajetória, comparação de datas, de onde são as certificações dele, etc) desse indivíduo que se diz instrutor ou mestre, e não acreditar em tudo o que é dito ou mostrado na internet ou fora dela.

Esse é o nosso conselho para você. Assim, você não correrá o risco de perder seu precioso tempo, dinheiro e/ou até algo pior. Portanto, muita calma nessa hora. É sempre bom estarmos seguros da fonte das informações, da pessoa em questão e do ambiente.

O Dōjō: Dō (caminho) Jō “Jou” (local). É geralmente traduzido como “o lugar onde estudamos o caminho.” E sem dúvida é. A academia é um lugar onde você se exercita e faz atividades esportivas em geral. Nós sempre tentamos obter um dōjō para a prática, mas não é fácil encontrá-los, por isso nem sempre temos a oportunidade de praticar em um, a diferença de sentimento é muito grande entre eles.

Para a prática do Ninjutsu os alunos usam o Keiko-Gi. É um Kimono tradicional japonês na cor negra – um pouco diferente do Shinobi Shozuko “vestimenta do espião” – composta pela Uwagi (jaqueta), Iga-Bakama (calças), Tabi (a distinta sapatilha ninja), Tekkō (uma espécie de munhequeira ou bracelete que cobre parte do antebraço), Kyahan (uma peça de tecido que envolve a perna, mais precisamente a canela) e a Obi (faixa).

A arte marcial visa a formação integral do ser humano, autodisciplina e obrigação de buscar sempre se superar e ajudar os mais fracos. O caminho do artista marcial é muitas vezes longo e solitário, a maior parte das lutas são contra os seus próprios maus hábitos, luta contra seus defeitos e problemas, aumentando suas capacidades e virtudes. Aceita a si mesmo e aceita os outros como são, sem preconceitos e sem jamais subestimar. O esporte de combate é principalmente competição; busca ganhar de outra pessoa, ganhar um campeonato, o que geralmente alimenta o ego, se exibe e busca um reconhecimento externo.

Geralmente feito de forma temporária, são poucos os que persistem neste tipo de atividade física. Que fique bem claro que o Ninjutsu é Budō (arte da guerra), é uma arte marcial 100%. O uso ou orientação esportiva na Bujinkan é totalmente proibido para seus praticantes.

Dentro da Bujinkan é estabelecido um sistema, o qual limita a prática do Dōjō em Ninjutsu Budō Taijutsu. A arte do corpo usada é ilimitada e inclui todas as formas de exercícios que desafiam a capacidade do corpo de alcançar resultados satisfatórios para a nossa saúde e autodefesa. 

Em Ninjutsu Budō Taijutsu se busca aprender a usar 100% do nosso corpo, a controlar a força física usada instintivamente. Exigir cada vez mais nos leva a compreender a capacidade que todos temos de fazer o que parece ser inatingível, o que elimina a insegurança e aumenta a autoestima.

Togakure-Ryu Ninpo Happo Hiken, 34º Sōke.
É a mais antiga das 9 escolas e é daqui que surgem as técnicas que criaram o mito do ninja (o traje negro, as estrelas de arremesso – Shuriken, a famosa espada ninja, as bombas de fumaça). Este Ryu tem suas técnicas praticadas em campos, para melhor desempenho.

Gyokko-Ryu Kosshijutsu Happō Hiken, 28º Sōke.
O sistema dessa escola foi desenvolvido na China, hoje é o que conhecemos por boxe chinês. Baseia-se no ataque as zonas vulneráveis do corpo.

Kotō-Ryu Koppojutsu Happō Hiken, 18º Sōke.
Foi trazida da Coréia para o Japão por Chan Buso, mas sua origem é chinesa. Koppō Jutsu é a arte de destruir a estrutura óssea do adversário.

Shinden Fudō-Ryu Daken Taijutsu Happo Hiken, 26º Sōke.
Criada em 1100 por Izumo Kanja. Famosa pelas técnicas de Jutaijutsu que são técnicas especializadas em projeções, agarres, etc. As técnicas são mais suaves. Especula-se que Jigoro Kano sensei obteve grau de faixa-preta nesta escola antes da fundação o Judō.

Kukishinden-Ryu Taijutsu Happō Hiken, 28º Sōke.
É a principal escola em se tratando da arte da espada. Esta escola teve ligação com o Ninjutsu por causa dos antigos membros que eram ninjas e praticaram o sistema Kukishinden. Seu criador combateu numa missão para resgatar um imperador sequestrado, tendo combatido tão ferozmente recebeu o apelido de Kuki “demônio”.

Takagi Yoshin-Ryu Jutaijutsu Happō Hiken, 17º Sōke.
Diferente das outras escolas que foram desenvolvidas em campos de batalha, esta foi desenvolvida em locais fechados. Foi por muito tempo uma escola formadora de guarda-costas. Suas técnicas famosas são defesas desarmadas contra ataque com armas. Busca-se finalizar com o mínimo de movimentos e o adversário é controlado quando estiver inerte ao chão.

Kumogakure-Ryu Ninpō Happō Hiken, 14º Sōke.
Mais uma das três escolas de Ninjutsu que compõem o sistema Bujinkan. É uma escola muito parecida com Togakure-Ryu já mencionada.

Gyokushin-Ryu Ninpō Happō Hiken, 21º Sōke.
A última das três escolas de Ninjutsu. Visa vencer o adversário buscando seus pontos de desequilíbrio. Dá ênfase a infiltração e espionagem, consiste em apenas 13 técnicas de combate.

Gikan-Ryu Koppōjutsu Happō Hiken, 15º Soke.
Especializada em Koppō Jutsu (técnicas de quebrar ossos). Assemelha-se a Kotō-Ryu.

É interessante esclarecer que apenas 3 desses estilos são de Ninjutsu, as outras 6 escolas estudadas são escolas tradicionais samurai e de outras origens. O estudo destas artes marciais não é algo que podemos tratar como distração ou para perder peso. Leva-se muitos anos para entender cada escola e de poder cultivar o conhecimento físico, mental e espiritual que forma realmente um guerreiro, ou mesmo um verdadeiro artista marcial “budoka“.

De fato era, contudo é importante justificar que o ninja não ficava invisível de repente no meio do nada. A invisibilidade no Ninjutsu consiste sim, em estar despercebido perante os olhos das demais pessoas que estão a sua volta.

Em outras palavras, o poder da arte da invisibilidade consiste no ilusionismo operacional e estudos de como não ficar diante do campo visual de seus oponentes, ou seja, o ninja conhecia muito bem os princípios da luz e das sombras e como manipulá-los a seu favor.

Não exatamente da mesma forma de antigamente, pois ninguém hoje em tempos modernos sairá a noite portando espada e saltando de telhado em telhado, mas hoje vemos grupos de forças especiais no mundo inteiro que assimilaram as técnicas e estratégias ninja e que fazem uso desses conhecimentos a serviço de uma causa. Só para lembrar que, a pratica com armas é parte de um método para manter viva as tradições dos guerreiros das sombras.

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